segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Eixo e Linhas de Pesquisa – Diretrizes dos Trabalhos de Conclusão de Curso em Geografia – UEMG – Campus de Frutal

Atenção alunos, que estão procurando professores para orientação em projetos e TCC na Geografia/UEMG - Campus de Frutal. 
Os alunos devem buscar seus orientadores com base em suas linhas de pesquisa, os professores não devem orientar alunos fora de seu eixo e linha de pesquisa.
Os eixos foram divididos em:
1. Geografia Física
2. Geografia Humana
3. Educação em Geografia
Seguem abaixo os professores do curso de Geografia com eixos e linhas de pesquisa:
Ana Lázara Chagas - Formação – Graduação em Administração pela Associação de Ensino de Ribeirão Preto (1984). Especialização em Metodologia de Ensino pela Universidade de Uberaba, UNIUBE (1993). Especialização em Especialização em Matemática pela Universidade de Franca, UNIFRAN (1994). Graduação em Licenciatura em Ciências - Faculdades Integradas Fafibe (1997). Graduação em Licenciatura Matemática pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais (2000).
Eixo – Geografia Humana - Linha de pesquisa – Estatística em Geografia.
Ana Maria Taveira Braga - Formação – Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1990), Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade de Uberaba (1979) e Mestra em Ciências e Práticas Educativas pela Universidade de Franca (2003).
Eixo – Educação em Geografia - Linhas de pesquisa – Prática Pedagógica de Ensino, Formação de Professores, Educação Especial, Evasão Escolar.
Ana Paula de Freitas Romão MurariFormação – Graduação em Licenciatura em Letras-Francês pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP - (2006). Especialização em Psicopedagogia pela Fundação Educacional de Fernandópolis - FEF (2009).
Eixo – Educação em Geografia - Linhas de pesquisa – Práxis pedagógica, metodologia de ensino e pesquisa, Psicologia Educacional.
André Vinícius Martinez Gonçalves - Formação – Graduado em Geografia pela Universidade Paulista (1998) e Mestrado em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo – USP (2006).
Eixo – Geografia Humana - Linhas de pesquisa – Geografia Urbana, Dinâmicas Territoriais, Geografia Agrária, Geografia Econômica, Planejamento Urbano, Agricultura Familiar, Problemática Ambiental.
Bethânia Alves de Menezes - Formação – Graduação em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP - 2004) e Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU - 2006).
Eixo – Geografia Humana e Educação em Geografia - Linhas de pesquisa - Práticas de ensino e Estágio Supervisionado na investigação da Formação do professor; Metodologia de Pesquisa e Ensino em Geografia, Percepção e Educação Ambiental; Educação Especial e Inclusiva, e Geografia Cultural manisfestações culturais no espaço - relacionados à religião e ao Turismo).
Daniel Previatelli - Formação – Licenciatura em Ciências Biológicas (2001). Bacharelado em Ciências Biológicas (2002). Aperfeiçoamento em Programa de Capacitação Institucional pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA, Brasil (2003). Mestrado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2006). Doutorado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2010).
Eixo – Geografia Humana e Geografia Física - Linhas de pesquisa – Ecologia com ênfase em Limnologia, biogeografia, gestão ambiental, Filosofia da ciência.
Eliana Aparecida Panarelli - Formação – Licenciada em Ciências Biológicas, Mestre e Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Eixo – Geografia Física - Linhas de pesquisa – Hidrogeografia, Geoecologia, Ecologia de ecossistemas aquáticos.
Gercina Aparecida Ângelo - Formação – Graduação em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e mestrado em Ciências biológicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002).
Eixo – Geografia Física e Educação em Geografia - Linhas de pesquisaGestão de Resíduos, Educação Ambiental, Planejamento Ambiental.
Isabel Cristina Taceli - Formação – Graduação em Psicologia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de São José do Rio Preto- FARFI (1989). Mestrado internacional em Psicanálise. Especialização em Docência do Ensino Superior e em Educação Especial pelo INSTITUTO ITECOM/MG.
Eixo – Educação em Geografia - Linha de pesquisa – Psicologia Educacional.
José Alberto Felipe Basílio - Formação – Graduação em Geologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – 1977. Especialização em Cartografia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas – 1993. Especialização em Ensino de Geociências pela Universidade Estadual de Campinas – 1994. Mestrado em Geociências e Meio pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP – 2000.
Eixo – Geografia Física - Linhas de pesquisa –  Cartografia Geoambiental, Avaliação de Impactos Ambientais,, Recuperação de Áreas Degradadas, Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Geoprocessamento.
Leandro de Souza Pinheiro - Formação – Graduação em Geografia – Licenciatura (2005) pela Universidade Estadual Paulista, UNESP – Rio Claro. Graduação em Geografia – Bacharelado (2006) pela Universidade Estadual Paulista, UNESP – Rio Claro. Mestrado em Geografia (2008) pela Universidade Estadual Paulista, UNESP – Rio Claro.
Eixo – Geografia Física - Linhas de pesquisa –  Geomorfologia, Geoprocessamento, Cartografia, Planejamento Territorial, Dinâmica erosiva, Avaliação de Impactos Ambientais.
Lúcia Elena Pereira Franco Brito - Formação – Graduação em Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal de Uberlândia (1992). Especialização em Sociologia pela Universidade Federal de Uberlândia (1994). Especialização em Gestão e Exercício da Docência no Ensino Superior pela FINOM (2006). Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (2008).
Eixo – Geografia Humana  Educação em Geografia - Linhas de pesquisa Geografia Cultural, História social, Metodologia de ensino e pesquisa, antropologia, Formação de professores.
Marli Graniel Kinn - Formação – Graduação em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Federal de Uberlândia (1997). Mestrado em Geografia pela Universidade de São Paulo (2006). Doutora (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo.
 Eixo – Geografia Humana e Educação em Geografia - Linhas de pesquisa –  Métodos e Técnicas de Ensino, Teoria e Método de Geografia, Geografia Cultural, Geografia Agrária, Turismo Rural, Desenvolvimento local.
Paulo Henrique Costa Corgosinho - Formação – Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (1998). Mestrado em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná em 2002. Doutorado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2007). Pós Doutorado em Biodiversidade Marinha no Centro Alemão – Senckenberg Forschungsinstitut Und Naturmuseum – (2009).
Eixo – Geografia Física - Linhas de pesquisa –  Ecologia, Biogeografia, Metodologia Científica.
Rodrigo Furtado Costa - Formação – Graduado em Ciências Sociais pela Faculdade de Ciências e Letras da UNESP/Araraquara (1999). Especialista em Gestão e Exercício da Docência no Ensino Superior pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM/Paracatu (2006).
Eixo – Geografia Humana e Educação em Geografia Linhas de pesquisa – Sociologia; Antropologia; Ciência Política; Geopolítica; Constituição e Fundamentos do Estado Moderno; Dinâmicas Socioculturais do Isolamento Latino-americano: Educação, Meio Ambiente e Relações de Poder; Políticas e Ge...stão Educacional; Geografia Cultural; Geografia Política; Geografia da População; Geografia Agrária; História Social e Política; Sociologia Ambiental; Fundamentos da Educação; Sociologia da Educação; Filosofia e História da Educação; Educação, Currículo e Ideologia; Educação, Trabalho e Práxis Docente.
  
Sérgio Fumio Miyahara - Formação – Graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de Ribeirão Preto (1970). Graduação em Letras – Português / Inglês pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras "Barão de Mauá" (1975). Aperfeiçoamento em Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1977). Graduação em Pedagogia Licenciatura Plena pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras "José Olympio" de Batatais (1981). Especialização em Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista Campus Araraquara (1990). Mestrado em Educação (Supervisão e Currículo) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992). Graduação em Pedagogia - Habilitação em Orientação Educacional pela Faculdade de Educação "Antonio Augusto Reis Neves" (1995). Doutorado em Educação Escolar (Gestão e Política) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Campus Araraquara (2001).
Eixo – Educação em Geografia - Linhas de pesquisa –  Métodos e Técnicas de Ensino, prática de ensino, formação de professores em Geografia, metodologia de ensino e pesquisa, Didática em Geografia.
Wagner Cesar ReduaFormação – Graduação em História  pela Universidade de Uberaba – UNIUBE (2005). Mestrado em História pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU (2010).
Eixo – Geografia Humana - Linhas de pesquisa –  Geografia Cultural, História Social.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

De volta aos tempos da DITADURA?


Pelo menos por um dia essa foi a impressão dos universitários e de quem passasse por perto da UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais), Campus de Frutal, pequena cidade mineira com cerca de 60 mil habitantes e localizada no Triângulo Mineiro.

A cidade de Frutal foi “contemplada” com a instalação da “Cidade das Águas”, projeto encabeçado pelo complexo HidroEX, ligado aos órgãos da UNESCO, e que prevê benefícios para toda população, bem como excelência em pesquisas e estudos das águas. Frutal foi escolhida devido ao potencial de suas bacias hidrográficas e do aqüífero Gurarani localizado na região centro-leste da América do Sul, entre 12º e 35º de latitude sul e entre 47º e 65º de longitude oeste e ocupa uma área de 1,2 milhões de Km², estendendo-se pelo Brasil (840.000l Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina (255.000 Km²). Sua maior ocorrência se dá em território brasileiro (2/3 da área total), abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Mas e aí? E essa história de Ditadura? Eu explico.

Com a inauguração do prédio sede do HidroEX, localizado dentro do Campus da UEMG-Frutal, autoridades de toda parte da região e do país compareceram ao evento realizado nesta quarta-feira dia 28-09-2011. Ocorre que, com medo de protestos encabeçados pelos professores de Minas Gerais (que encontram-se em greve há aproximadamente 120 dias, na esperança de cumprimento da Lei Federal 11.738-08, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11738.htm, que rege sobre o piso salarial nacional dos professores em R$950,00, chegando a R$1.187,00 com as correções monetárias e que em Minas Gerais estão fixados em R$390,00 com proposta de aumento para R$720,00), essas mesmas autoridades proibiram o acesso dos universitários e da população ao prédio estudantil.
O governador Antonio Anastasia (PSDB), principal alvo dos protestos, não compareceu ao evento que teve a presença do ex-deputado Nárcio Rodrigues, ligado ao projeto HidroEX, da atriz Cléo Pires, embaixatriz do projeto, Fernando Haddad, Ministro de Estado da Educação, Arlindo Chinaglia, ex-presidente da Câmara Federal e Deputado Federal (PT-SP), Vice-Governador do Estado de MG, Francine Cousteau (Presidente da Fundação Cousteau), e diversos reitores e pró-reitores de Universidades Federais Mineiras, além de pesquisadores e gestores públicos da Alemanha, Holanda etc. e várias outras autoridades políticas como o diretor geral da UEMG-Frutal Ronaldo Wilson Santos, alvo de protestos por parte dos universitários.

O Diretor Geral da UEMG, Ronaldo Wilson Santos, que não é professor, nunca exerceu nenhuma atividade de pesquisa e docência na vida, é ex-vereador, ex-secretário municipal de educação, correligionário do deputado Nárcio (PSDB) e um dos cabos eleitorais do partido na região. Foi nomeado pelo então Governador Aécio Neves, em julho de 2007 para exercer interinamente o cargo de Diretor da UEMG por 4 anos. Prazo que expirou em julho de 2011. E sua posição no cargo, dentro de uma ética da coisa pública e do conceito de mérito profissional, fere taxativamente o próprio Regimento da UEMG que coloca - a exemplo de qualquer universidade pública - que para ocupar cargos de direção, coordenação etc. é preciso que haja eleição entre os pares e que os professores/as sejam minimamente titulados ou com comprovação de atividades de notório saber na área de pesquisa, ensino e extensão. Ou seja, o cargo é meramente político e de "confiança". O pior é saber (e sabemos) se a Reitoria e o próprio MP sabem disso. E por que não colocam 'ordem na casa'?

Os protestos organizados por professores da rede municipal de ensino e pelos universitários foram focados no pedido do cumprimento do piso salarial nacional de educação por parte dos professores. Já os universitários, além de apoiarem a causa dos professores protestaram contra o cancelamento autoritário das aulas do dia de hoje, que veio a prejudicar vários alunos com o cancelamento, inclusive, de provas, por uma autonomia estudantil, transparência de gestão, construção de calçadas e iluminação na via pública que dá acesso ao campus, falta de concurso público para a contratação de docente, falta de bandejão, biblioteca digna, dentre outras medidas que lembram a Ditadura com as imposições feitas pelo referido diretor geral que controla o campus PÚBLICO como uma instituição Privada. É o Privadão do Wilson.

O ato de fechar as vias públicas para que a população não tivesse acesso à “festa de inauguração” do HidroEX é outro ato de tempos do AI-5.

A manifestação foi pacífica, com uma passeata da praça central da cidade até o ponto de interdição da via principal de acesso ao campus, com reprodução de faixas de protestos, carro de som, pronunciamento dos universitários e professores, controle da polícia militar, presença da imprensa local, intervenção aos carros das autoridades e convidados que chegavam ao evento e panfletos organizado pelo Diretório Central Estudantil (DCE) do campus Frutal, o qual reproduzo abaixo:

“INAUGURAÇÃO POPULAR HIDROEX

Nesta quarta-feira será inaugurada a cidade das águas (HidroEX), em Frutal, um evento que contará com a presença de autoridades municipais, estaduais, federais e internacionais. Um grande projeto, envolvendo muito dinheiro e com a responsabilidade de produzir conhecimento e auxiliar no uso ‘racional’ de recursos naturais, extremamente importantes para reprodução da vida em nossa região e em todo o planeta. Propomos a participação popular em tal evento, pois se trata de um assunto de interesse comum, e não pode ficar concentrado nas mãos de pequenos grupos políticos e econômicos, correndo-se o risco de que se repita um fato rotineiro em nosso país: um bem que está relacionado a toda população, mas privilegia apenas uma pequena quantidade desta.

Mas o que é exatamente o HidroEX? De acordo com o site oficial da fundação (www.hidroex.org):

‘O HidroEX é uma Fundação Estadual, criada pela LEI Nº 18.505, de 4 de novembro de 2009, com autonomia administrativa e financeira, personalidade jurídica de direito público, prazo de duração indeterminado, sede e foro no Município de Frutal/MG.
O HidroEX está vinculado à Secretaria de Estado  de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SECTES e desenvolverá suas atividades em conjunto com instituições públicas ou privadas, nacionais ou internacionais, especialmente conforme projeto aprovado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO -, observados o Programa Hidrológico Internacional – PHI – e as normas jurídicas brasileiras e as dos países onde venha a atuar.
O HidroEX tem por finalidade planejar, coordenar, executar, controlar e avaliar programas e projetos de defesa e preservação do meio ambiente, relativos à gestão das águas e dos recursos hídricos, envolvendo a capacitação e o desenvolvimento de recursos humanos, a promoção de ações educativas, a construção de bancos de dados e a prestação de serviços de interesse público’.

Ou seja, é uma Fundação Estadual (lida com DINHEIRO PÚBLICO, e MUITO), tem autonomia administrativa e financeira (faz o que quiser com esse dinheiro público) e é vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia, Ensino Superior (cujo responsável é o ex-deputado Narcio Rodrigues, extremamente ligado ao projeto, fato que deve ser fiscalizado principalmente em nossa região, principal fonte de votos do mesmo). Esses fatores dão o direito e legitimam o dever da população em participar desse processo histórico que irá ‘transformar’ as relações sociais, culturais, econômicas e ambientais em nossa região.

Deve ser colocado em questão também o real interesse dessa fundação, uma vez que a mesma se proclama um órgão de ‘defesa e preservação do meio ambiente, relativos à gestão das águas e dos recursos hídricos’, mas seu cartão de visitas, e até agora um de seus principais atos, foi despejar entulhos (referentes ao prédio que foi demolido para a construção da sede do HidroEX) em uma ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE, próxima ao CÓRREGO Frutal, a menos de 500 metros do local onde se realiza a CAPTAÇÃO DE ÁGUA para o consumo do município.

É importante analisar se este órgão irá contribuir realmente para o desenvolvimento da sociedade ou favorecerá os interesses econômicos da minoria que se encontra no poder. A universidade é construída por toda a sociedade, e deveria ser de praxe então que ela contribuísse para o desenvolvimento desta. Devemos ficar atentos para o que o HidroEX não caminhe nos rumos de sua vizinha UEMG, com o poder centralizado em poucas mãos, sem concursos públicos, e com ensino público voltado para a lógica do mercado. É preciso acabar com a educação em prol da politicagem e focar no desenvolvimento de um novo ser humano, sem os vícios dessas relações de poder que só cumprem o interesse de certos partidos e grupos econômicos.

Para que adianta o curso de Direito, se aqui na faculdade há injustiças?
O que adianta Comunicação Social, se os alunos não interagem, não se comunicam contra essa catástrofe social que nasce aqui, ao nosso lado?
O que adianta o curso de Sistemas, se é muito difícil o acesso à internet?
O que adianta Geografia e sua importância política, se nos rendemos à politicagem?
O que adianta a UEMG, que foi erguida e é sustentada para o bem da comunidade, dos alunos, para exercer uma função social, porém na maioria das vezes é manipulada pelo interesse pessoal?
Que isso não fique assim.
Que o HidroEX, que está sendo inaugurado, não siga esse caminho.
Que o HidroEX LAVE TODA SUJEIRA QUE HOUVER.
AMÉM”.

A voz da população na deve ser calada.

João Paulo Morandi Barboza. Aluno universitário do curso de Geografia da UEMG-Frutal e proibido de adentrar o prédio PÚBLICO do campus.

domingo, 18 de setembro de 2011

UFTM no Senado - Com direito a palavra...

Vídeo filmado durante TC dos alunos da UFTM - Uberaba/MG.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Para presidente do Inep, exame docente não pode ser usado como "Enem do professor"

Camila Campanerut*
Enviada do UOL Educação
Em São João da Mata (BA)



O Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, que ainda está em fase de elaboração pelo Inep, tem como objetivo ser aplicado para novos professores que pretendem trabalhar na rede pública e, não para avaliar os antigos. O assunto foi um dos temas que gerou dúvidas entre os secretários municipais de educação, durante o 4º Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municípios de Educação, quando a proposta foi apresentada. A presidente do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira], Malvina Tuttman, conversou com o UOL Educação sobre o tema. Veja alguns trechos da entrevista realizada em Mata de São João (BA).


UOL Educação - Há possibilidade de se usar a prova como um “Enem do professor”, um ranking para comparar os profissionais da área? Malvina Tuttman - Isso não pode acontecer. UOL - Tem como evitar isso? Malvina - Primeiro, a má utilização de um processo pode acontecer sempre. Garantir que os resultados não serão utilizados indevidamente? Eu não posso garantir, porque vai depender da ética de cada um.

O que é interessante é que cada participante, ele se inscreve na rede, ou nas redes que ele assim desejar. Só vai ter o resultado deste candidato ou destes candidatos que se inscreveram naquela rede, a secretaria de Educação. A secretaria de Educação X só tem os seus resultados. Então, possivelmente ela não irá divulgar os resultados, porque não interessa divulgar os resultados. Ela [a secretaria] vai fazer a chamada como faz em concursos que normalmente ela realiza. UOL - Qual a previsão de periodicidade da prova e a previsão de custo dela? Malvina - Não temos um custo total porque vai depender da adesão, do número de provas, dos locais [onde serão aplicadas]. Então, é prematuro dizer os custos neste momento.   Vamos fazer a primeira e vamos verificar qual a adesão que nós temos, porque um concurso tem a duração [validade] de dois anos pela legislação. Então, vamos verificar qual a demanda. Ela terá sim uma periodicidade, mas eu não posso dizer neste momento qual será. UOL - É possível evitar que as escolas comecem a propagandear o fato de terem professores mais bem colocados na prova (Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente)? 
Malvina -  Não. Até porque nós todos sabemos que nem sempre, entre aspas, o melhor aluno, que é o primeiro na faculdade, ele se torna o expoente em sua profissão. Não é verdade?
Existem outras situações, existe a prática. Então, não há nenhuma pesquisa que relacione que os primeiros colocados serão sempre os melhores professores. É um conjunto. A prática do professor está relacionada também a ambientação das escolas, as discussões, ao projeto político-pedagógico, a uma direção bastante competente. Portanto, há um conjunto de fatores que não dependem apenas da performance do professor numa prova.
Disponível em: 
http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/09/06/para-presidente-do-inep-exame-docente-nao-pode-ser-usado-como-enem-do-professor.jhtm

Veja também: http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/09/06/secretarios-acham-insuficiente-proposta-do-mec-para-um-exame-nacional-para-professores.jhtm
e...
http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/09/05/mec-atrasa-pela-segunda-vez-divulgacao-do-enem-por-escola.jhtm

terça-feira, 6 de setembro de 2011

PEA - Plano de Educação Ambiental - BUNGE e curso de GEOGRAFIA da UEMG

BUNGE-USINA FRUTAL CAPACITA PROFESSORES DA REDE PÚBLICA PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS

A Bunge Açúcar e Bionergia, unidade de Frutal, desenvolveu no dia 13 de Agosto um curso de capacitação com professores da rede municipal de ensino. O evento foi ministrado pela Profa. Me. Bethania Alves de Menezes, Prof. Me. Leandro de Souza Pinheiro, junto às alunas Claudia Lopes Bernardes, Cynthia Priscila Zelioli e Silvia Lima de Paula Gomes, do curso de Geografia da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), pela Analista de Meio Ambiente da Bunge-Frutal Luciana Aparecida Paula Martins e pelos colaboradores Cleusa Aparecida da Mata, responsável pela área de reflorestamento e Antonio José, fiscal de mão-de-obra da mesma unidade. Foram trabalhados temas relacionados à coleta seletiva, reciclagem, recursos hídricos, erosão e reflorestamento, sendo 4 horas de apresentações teóricas e 4 horas de aulas de campo, nas quais os participantes tiveram a oportunidade de visualizar in loco exemplos de questões ambientais importantes de serem discutidas e trabalhadas. Foram visitadas a região de mata ciliar do Ribeirão Frutal, o córrego que corta a cidade, uma área central onde está sendo construído um lago artificial, uma área periférica da cidade onde está ocorrendo a formação de voçorocas e algumas áreas de preservação permanente (APP’s) que foram reflorestadas pela Usina Frutal. Os participantes do curso enfatizaram a relevância da discussão dos temas apresentados, uma vez que as questões ambientais devem ser trabalhadas junto aos seus alunos. Os professores da rede municipal serão os multiplicadores nas escolas, tendo assessoria dos docentes e discentes da UEMG e dos profissionais da Bunge-Frutal, durante o desenvolvimento das atividades propostas.

Publicado na revista da BUNGE - USINA FRUTAL
Em breve teremos a nossa publicação sobre a capacitação.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Semana de Geografia da UFTM


Semana de Geografia da UFTM recebe inscrições de trabalho até o dia 09 de setembro.
O prazo para desconto na inscrição termina nessa segunda feira dia 05.
O evento acontece no CEA/UFTM nos dias 03, 04 e 05 de outubro de 2011.

Atenção pessoal não fiquem de fora, é uma oportunidade para vocês mostrarem a capacidade de elaborarem seus trabalhos científicos e uma forma de vocês socializarem os conhecimentos adquiridos nas pesquisas! Boa Sorte!


Cynthia Zelioli, bolsista do PEA/LAPEGEO. 

domingo, 10 de julho de 2011

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor! - por Jô Soares


Se É jovem, não tem experiência.
Se É velho, está superado.
Se Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se Fala em voz alta, vive gritando.
Se Fala em tom normal, ninguém escuta.
Se Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Se Precisa faltar, é um 'turista'.
Se Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se Não conversa, é um desligado.
Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se Não brinca com a turma, é um chato.
Se Chama a atenção, é um grosso.
Se Não chama a atenção, não sabe se impor.
Se A prova é longa, não dá tempo.
Se A prova é curta, tira as chances do aluno.
Se Escreve muito, não explica.
Se Explica muito, o caderno não tem nada.
Se Fala corretamente, ninguém entende.
Se Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se Exige, é rude.
Se Elogia, é debochado.
Se O aluno é reprovado, é perseguição.
Se O aluno é aprovado, deu 'mole'.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Eventos da Geografia no Segundo Semestre - sites

Olá pessoal, segue alguns sites com eventos e chamadas para publicações de trabalhos na área do Geografia e do Ensino. Vamos organizar nossos artigos e publicar nossos trabalhos. A Geografia de Frutal deve ganhar novos horizontes...
Profa. Bethânia
[Em breve mais informações sobre tais eventos.... mas vocês podem acompanhar tb pelo site dos mesmos.
Estou providenciando o Facebook da Geo UEMG, Ok?!!! Bjin´s  Bê]

VII ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE GEOGRAFIA: FALA PROFESSOR
- UFJF - http://www.agb.org.br/index.php?secao=&ver=&id=&pagina=

XII Semana de Geografia da UNESP de Presidente Prudente/SP - http://www4.fct.unesp.br/semanas/geografia/index.html

II Semana de Geografia da UFTM - ainda um chamada no Facebook (http://www.facebook.com/connect/uiserver.php?app_id=122948351084648&next=http%3A%2F%2Fapps.facebook.com%2Fuyqxdwhonlsa%2F&display=page&cancel_url=http%3A%2F%2Fapps.facebook.com%2Fuyqxdwhonlsa%2F&locale=pt_PT&perms=email%2Cpublish_stream%2Cread_stream%2Cuser_photo_video_tags%2Cfriends_photo_video_tags%2Cuser_photos%2Cfriends_photos&return_session=1&session_version=3&fbconnect=0&canvas=1&legacy_return=1&method=permissions.request#!/event.php?eid=175390465813968)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Educação - Novas tecnologias.... seminário - Didática em Geografia

O Ensino de Geografia e as Novas Tecnologias: Ferramentas Didáticas e sua Contribuição na Relação Aluno-Professor (Sávio Miná de Lucena*) - publicado em 08/05/2010

Resumo

As principais questões que levaram ao desenvolvimento desta pesquisa relacionam-se a como a escola insere-se no atualmente chamado mundo globalizado. Baseado nesse prisma foi analisado o modo de ensino das instituições públicas de Fortaleza, mais especificamente a inserção das mesmas aos novos instrumentos técnicos em especial o microcomputador, que auxiliem a colocar em prática uma abordagem diferenciada do aprendizado.

Palavras-chave: educação, tecnologia, geografia.


Ante as necessidades educativas presente, considera-se a escola como um ambiente de mediação cultural onde promove-se o desenvolvimento afetivo e moral dos indivíduos através, essencialmente, da produção de significados por meio do trabalho de professores que provêm aos alunos meios de aquisição de conceitos e conhecimentos científicos intrínsecos à cultura escolar, além de estimular um crescente desenvolvimento das capacidades operativas e cognitivas, por serem elementos interligados à aprendizagem escolar. Em suma, os jovens encontram na escola um local para se aprender cultura e as diversificadas formas de compreender e transformar o mundo. Entretanto, para se concretizar tais objetivos torna-se necessário estimular a capacidade de raciocínio, julgamento e criticidade do indivíduo em questão com o intuito de se desenvolver as competências do pensar.
Supomos que, neste momento venha a ocorrer a dicotomia entre teoria e prática ao que cerne aos pressupostos de aprendizagem escolar, tendo em vista a dificuldade de conseguir atender/suprir as necessidades de uma geração de jovens contemporâneos a uma constante absorção de informações através das metodologias, por vezes ultrapassadas e arcaicas, utilizadas pelos docentes. Neste quadro cabe o questionamento de como escola insere-se no atualmente chamado “mundo globalizado” em que se encontra nossa sociedade, tendo em vista a formação do cidadão com um dos principais pressupostos a serem realizados no ambiente escolar?
Em uma época em que a informação ganha ares de maior importância, como sinônimo de distinção social, tal pressuposto supracitado acaba perdendo sua relevância, instaurando dessa forma uma crise na forma de ensino atualmente utilizada. A termos de analogia isso se explica pelo fato de o processo de formação do aluno como cidadão ciente de suas responsabilidades e direitos na sociedade requerer um “tempo de reflexão” (CARLOS, 2001), totalmente contrário ao veloz ritmo da informação que transforma rapidamente o novo em obsoleto. Essa seria a principal dificuldade a ser encarada pela escola inserida em uma sociedade que confunde formação com excesso de informação.
Além disso, as recentes discussões realizadas em todo o país, por professores de Geografia, vislumbraram uma urgente necessidade de apresentar e discutir os conhecimentos desta disciplina de forma mais dinâmica, mais interessante e também mais consciente de seu papel como formadora de cidadãos. Em geral, o debate manteve-se fundamentado na linha do sócio-construtivismo, isto é, tendo como norteador o pressuposto de que o professor deve promover a construção do conhecimento e da cultura considerando o que o aluno já traz para a sala de aula como primordial na mediação do conhecimento.
Indo de encontro aos pressupostos dos Temas Transversais (Ciências Naturais) dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que indicam de forma evidente a necessidade do aprendizado de novas tecnologias, quando enfatiza que, conviver com produtos científicos e tecnológicos é hoje universal, e que a falta de informação científico e tecnológica pode comprometer a própria cidadania, haja vista ciência e tecnologia serem herança cultural, conhecimento e recriação da natureza (MEC, 1998b).
Baseado nesse prisma em que se encontra a escola como locus de mediação da educação, objetivamos analisar o modo de ensino das instituições públicas de Fortaleza, mais especificamente na inserção das mesmas aos novos instrumentos técnicos; em especial o microcomputador e a utilização de mapas, que auxiliem a colocar em prática uma abordagem diferenciada do aprendizado, em que o educando é o centro da aprendizagem, em que a autonomia da mesma seja continuamente estimulada e que vise a desenvolver habilidades cognitivas associadas às diferentes áreas do conhecimento; e suas diferentes formas de uso no ensino de Geografia, escolhendo para tal fim um estudo aprofundado da EEFM Renato Braga.
O ensino está vinculado com a atividade de ensinar. Até aqui não existe nenhuma novidade para ninguém. Porém o que pouca gente sabe sobre tal atividade é que atualmente a mesma está estereotipada como uma mera transmissão de conhecimentos retirados de um livro aos alunos. Memorização de fórmulas que, em geral, pouco tem utilidade para a vida prática do discente e a realização de exercícios também se inserem nesse estereótipo.
Esse é o ensino em sua forma tradicional, cujas características, além das supracitadas, vinculam-se a exagerada importância dada ao livro didático, haja vista não serem usados de forma adequada, e a participação do professor como elemento ativo em sala de aula, cabendo aos alunos receber passivamente o “conhecimento” transmitido pelo mesmo. Conhecemos as principais características do ensino tradicional nas palavras de Libanêo: “A atividade de ensinar é vista, comumente, como transmissão de matérias aos alunos, realização de exercícios repetitivos, memorização de definições e fórmulas.” (LIBÂNEO, 1990, p.78).
Além disso, acredito que a educação nos moldes tradicionais mostra-se, atualmente, insuficiente para o tipo de cidadão que demanda o mundo globalizado, excluindo os que normalmente atuam de forma autômota e repetitiva e privilegiando os indivíduos de caráter ambicioso e multifuncional.
O exercício da docência deveria se abster ao pressuposto de realizar atividades educativas onde ocorre uma mescla de objetivos, conteúdos, métodos e formas de se organizar o ensino com o objetivo de se obter uma assimilação ativa por parte dos educandos (LIBÂNEO, 1990). Para tanto uma relação intrínseca entre aluno – professor deve ocorrer.
O texto dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) funcionou como uma das fontes de inspiração para a proposição de um trabalho que pudesse contribuir para o ensino de Geografia através das novas tecnologias associadas dentro do programa de tal disciplina nas escolas. Torna-se necessário exemplificar tal idéia com algumas passagens dos PCNs: “(...) o ensino de geografia pode levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a realidade, possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e propositiva” (MEC, 1999. p. 108).
Cabe à Geografia, bem como a outras áreas do conhecimento, a tarefa de facilitar e orientar o aluno no processo das descobertas e na aprendizagem do desenvolvimento da sociedade e das relações com o espaço físico para que, como cidadãos possam contribuir na organização de uma sociedade mais consciente. Fica claro o papel da Geografia como uma disciplina que permeia e acompanha as transformações da sociedade, seja do ponto de vista físico, social, cultural ou político.
Para apreender e explicar a realidade, sua complexidade e dinamismo, as pesquisas realizadas no campo da Geografia, com seus métodos e teorias, contam com instrumentos do meio técnico e científico, portanto, tal cátedra, que ainda é por muitos considerada uma disciplina enfadonha, tinha neste momento a obrigação de mudar tal estereótipo criado através da inclusão de novas tecnologias, sistematizadas de forma crítica, criativa e buscando uma interação com o intuito de confrontar os diversos saberes.
Como uma das primeiras conclusões deste estudo, destacamos ser o Computador e a Internet duas dimensões distintas, que podem ser utilizadas no processo ensino-aprendizagem tanto unidas como separadas. Porém, no ambiente escolar, elas são freqüentemente associadas como algo uno, e deslocadas de uma lógica mercadológica mais ampla. Originando uma verdadeira confusão conceitual a respeito da Ciência, Tecnologia, Informação e Conhecimento.
Identificamos assim duas utilizações do microcomputador na Escola Renato Braga: a dimensão técnica (evidenciada na habilidade desenvolvida para a navegação nos softwares no caso dos jogos, na produção de textos e nas técnicas de navegação pelas páginas virtuais da Internet), e uma dimensão informacional subutilizada, que seria neste caso as pesquisas realizadas nos endereços virtuais.
Acreditamos ser a dimensão informacional subutilizada pelo fato das pesquisas se restringirem à elaboração de trabalhos para nota. Sendo freqüente a prática de colagem de informações retiradas diretamente da Internet, o conhecido problema do Ctrl + c (copiar) e Ctrl + v (colar), sem nenhuma intervenção crítica do educando, tornando-se uma prática alienante, que não auxilia de forma alguma no processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
È a falsa sensação de que um mundo de novas descobertas está ao acesso de todos, basta que para isso dominemos o uso do microcomputador. Na verdade a prática de pesquisar na Internet precisa ser avaliada com muito cuidado por aqueles que promovem o planejamento do ensino nas escolas (professores e gestores).
Em nenhum momento foram constatados relatos de aulas em que se priorizasse reflexão a respeito do que estava posto ali, no endereço virtual. Nem foram constatadas aulas sem as amarras avaliativas tradicionais (elaboração de trabalhos valendo nota).
Queremos externar com isso que é possível sim uma constante utilização do computador nas aulas de Geografia, mas com um caráter realmente de aula, onde haja espaço para o diálogo, o questionamento e a troca de conhecimentos com o outro.
Acreditamos que o uso do microcomputador possa suprir a carência dos trabalhos de campo em Geografia nas escolas. O acesso a Internet permite aos alunos um contato pelo menos visual, de um sem número de paisagens naturais e humanizadas espalhadas pelos diversos lugares do planeta. Permitindo ao educando uma reflexão/leitura das fotografias das paisagens, imagens de satélite, representações cartográficas, etc, sobretudo facilitando o ensino da Geografia Física.
Este contato virtual com diferentes lugares é de grande valia, visto a maioria dos alunos carentes terem poucas oportunidades de contato real com outros lugares fora da sua realidade.

Referência Bibliográfica
BETTENCOURT, T. (1997). A Internet como Motor da Construção de Novos Saberes. Atas do Encontro Comunicação, Novas Tecnologias e Aprendizagem (no prelo) Bragança: Escola Superior de Educação de Bragança, 22 a 23 de Maio.
CORRÊA, Roberto Lobato, 1995, Espaço: Um conceito-chave da Geografia. In: Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil pp. 15-47.
LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O.U. de 23 de dezembro de 1996.
LIBANÊO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1990
MEC. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Geografia (5° a 8° série), SEF, Brasília, 1998a, 156 p.
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* Graduado em Geografia – Universidade Federal do Ceará

Como ser citado:

LUCENA, S. M. de. O Ensino de Geografia e as Novas Tecnologias: Ferramentas Didáticas e sua Contribuição na Relação Aluno-Professor. Partes. 2010. P@rtes.V.00 p.eletrônica. Maio 2010. Disponível em . Acesso em 02/06/2011 às 16:49.

Atenção!!! Aos alunos do 3º periódo esse é um exemplo de artigo para ser apresentado ao final da disciplina de Didática em Geografia. Com discussão teórica e fundamentação em torno de uma temática desenvolvida.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Livro para adultos não ensina erros

Uma frase retirada da obra Por uma vida melhor, cuja responsabilidade pedagógica é da Ação Educativa, vem gerando enorme repercussão na mídia. A obra é destinada à Educação de Jovens e Adultos, modalidade que, pela primeira vez neste ano, teve a oportunidade de receber livros do Programa Nacional do Livro Didático. Por meio dele, o Ministério da Educação promove a avaliação de dezenas de obras apresentadas por editoras, submete-as à avaliação de especialistas e depois oferece as aprovadas para que secretarias de educação e professores façam suas escolhas.
O trecho que gerou tantas polêmicas faz parte do capítulo “Escrever é diferente de falar”. No tópico denominado “concordância entre palavras”, os autores discutem a existência de variedades do português falado que admitem que substantivo e adjetivo não sejam flexionados para concordar com um artigo no plural. Na mesma página, os autores completam a explanação: “na norma culta, o verbo concorda, ao mesmo tempo, em número (singular – plural) e em pessoa (1ª –2ª – 3ª) com o ser envolvido na ação que ele indica”. Afirmam também: “a norma culta existe tanto na linguagem escrita como na oral, ou seja, quando escrevemos um bilhete a um amigo, podemos ser informais, porém, quando escrevemos um requerimento, por exemplo, devemos ser formais, utilizando a norma culta”.
Pode-se constatar, portanto, que os autores não estão se furtando a ensinar a norma culta, apenas indicam que existem outras variedades diferentes dessa. A abordagem é adequada, pois diversos especialistas em ensino de língua, assim como as orientações oficiais para a área, afirmam que tomar consciência da variante linguística que se usa e entender como a sociedade valoriza desigualmente as diferentes variantes pode ajudar na apropriação da norma culta. Uma escola democrática deve ensinar as regras gramaticais a todos os alunos sem menosprezar a cultura em que estão inseridos e sem destituir a língua que falam de sua gramática, ainda que esta não esteja codificada por escrito nem seja socialmente prestigiada. Defendemos a abordagem da obra por considerar que cabe à escola ensinar regras, mas sua função mais nobre é disseminar conhecimentos científicos e senso crítico, para que as pessoas possam saber por que e quando usá-las.
O debate público é fundamental para promover a qualidade e equidade na educação. É preciso, entretanto, tomar cuidado com a divulgação de matérias com intuitos políticos pouco educativos e afirmações desrespeitosas em relação aos educadores. A Ação Educativa está disposta a promover um debate qualificado que possa efetivamente resultar em democratização da educação e da cultura. Vale lembrar que polêmicas como essa ocupam a imprensa desde que o Modernismo brasileiro em 1922 incorporou a linguagem popular à literatura. Felizmente, desde então, o país mudou bastante. Muitas pessoas tem consciência de que não se deve discriminar ninguém pela forma como fala ou pelo lugar de onde veio. Tais mudanças são possíveis, sem dúvida, porque cada vez mais brasileiros podem ir à escola tanto para aprender regras como parar desenvolver o senso crítico.


Disponibilizado pelo Prof. Antônio Augusto Gomes Batista - No Grupos do PROFUEMG.






segunda-feira, 16 de maio de 2011

Inguinorança

SÃO PAULO - Não, leitor, o título acima não está errado, segundo os padrões educacionais agora adotados pelo mal chamado Ministério de Educação. Você deve ter visto que o MEC deu aval a um livro que se diz didático no qual se ensina que falar "os livro" pode.
Não pode, não, está errado, é ignorância, pura ignorância, má formação educacional, preguiça do educador em corrigir erros. Afinal, é muito mais difícil ensinar o certo do que aceitar o errado com o qual o aluno chega à escola.
Em tese, os professores são pagos -mal pagos, é verdade- para ensinar o certo. Mas, se aceitam o errado, como agora avaliza o MEC, o baixo salário está justificado. O professor perde a razão de reclamar porque não está cumprindo o seu papel, não está trabalhando direito e quem não trabalha direito não merece boa paga.
Os autores do crime linguístico aprovado pelo MEC usam um argumento delinquencial para dar licença para o assassinato da língua: dizem que quem usa "os livro" precisa ficar atento porque "corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico".
Absurdo total. Não se trata de preconceito linguístico. Trata-se, pura e simplesmente, de respeitar normas que custaram anos de evolução para que as pessoas pudessem se comunicar de uma maneira que umas entendam perfeitamente as outras.
Os autores do livro criminoso poderiam usar outro exemplo: "Posso matar um desafeto? Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito jurídico".
Tal como matar alguém viola uma norma, matar o idioma viola outra. Condenar uma e outra violação está longe de ser preconceito. É um critério civilizatório.
Que professores prefiram a preguiça ao ensino, já é péssimo. Que o MEC os premie, é crime.

Recebido por e-mail pelo grupo do PROFUEMG.
Texto de Clovis Rossi Publicado em São Paulo, domingo, 15 de maio de 2011.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

II Encontro de Ciências Tecnológicas e Geográficas - Programação do III Encontro Regional de Geografia da UEMG/Campus de Frutal

II Encontro de Ciências Tecnológicas e Geográficas da UEMG - 23 a 27 de maio de 2011

23/05 - Palestra de Abertura do evento - Congregação dos cursos de Laticínios, Sucroalcooleiro e Geografia
27/05 - Palestra de Finalização do evento - Congregação dos cursos de Laticínios, Sucroalcooleiro e Geografia

MINI-CURSO: Estatística Básica - Realizados nos dias: 24 a 27/05/2011
Profa. Dra. Sofia Luiza Brito  (HIDROEX – UEMG)

PROGRAMAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA (24, 25 e 26 de maio de 2011)

24/05/2011 - (Terça-feira)
LOCAL: Auditório Novo
HORÁRIO: 19:00
PALESTRA 1: A cidade e o urbano na formação e na prática do professor de Geografia
PALESTRANTE: Vanilton Camilo de Souza (Professor da UFG)

PALESTRA 2: Diálogo entre professores de Geografia que atuam no ensino Básico em Frutal/MG

25/05/2011 - (Quarta-feira)
LOCAL: Auditório Novo
HORÁRIO: 19:00
PALESTRA 1 :Projeto Manuelzão - UFMG - histórico de trabalho em revitalização de rios e ambientes urbanos e rurais: Experiência em mobilização social, pesquisa e extensão interdisciplinar.
PALESTRANTE:Lussandra Martins da Silva(Pesquisadora da UFMG)

PALESTRA 2: Processos Erosivos em Áreas Urbanas- tipos e técnicas de controle
PALESTRANTE:Marcilene Dantas Ferreira (Professora da UFSCar)

26/05/2011 - (Quinta-feira)
LOCAL: Auditório Novo
HORÁRIO: 19:00
PALESTRA 1: Racismo, preconceitos e discriminação no âmbito das relações sociais: possíveis determinantes
PALESTRANTE: Dagoberto José Fonseca(Professor da UNESP-Araraquara)

PALESTRA 2: Origens e dispersão do homem moderno: um olhar bioantropológico
PALESTRANTE: Danilo Vicensotto Bernardo (Doutorando da USP)











segunda-feira, 11 de abril de 2011

Didática - Nelson Valente

A Didática Geral é uma ciência teórico-prática que pesquisa, experimenta e sugere formas de comportamento a serem adotadas no processo da instrução, com vistas à eficiência e eficácia da ação educativa.
A Didática é a ferramenta cotidiana do professor e, como tal, está em contínua evolução, razão porque os conteúdos deste curso destinam-se não só a reforçar os conceitos fundamentais dessa disciplina mas, sobretudo, aperfeiçoar e atualizar o professor pelo conhecimento de novas técnicas que possam vir a ser utilizadas em sala de aula.
Didática tem origem no idioma grego; provém de didaktiké significando a arte (maneira) de ensinar ou instruir. É uma ciência teórico-prática, que pesquisa e experimenta novas técnicas de ensino e sugere formas de comportamento a serem adotadas no processo da instrução. Correlaciona-se a outras, em especial à Psicologia, Sociologia, Filosofia e Biologia.
Como toda ciência, a Didática é aberta às novas descobertas que enriquecem o saber humano. Assim, a Didática contemporânea faz ver ao educador certos conceitos novos ou novas abordagens desses conceitos, por isso é sempre importante para o educador estar se reciclando, enriquecendo-se.
A instrução é um conjunto de eventos planejados pelo professor com o fim de iniciar, ativar e manter a aprendizagem.
A aprendizagem consiste em uma mudança no comportamento do aluno em face do processo da instrução e é o resultado desse processo que, para ser eficiente, precisa ser planejado.
O planejamento da instrução é um processo de tomada de decisões que visam à racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação de ensino-aprendizagem. Este planejamento envolve, pelo menos, três fases: elaboração, execução e avaliação.
A fase de elaboração compreende quatro etapas: formulação dos objetivos, seleção dos conteúdos, seleção das estratégias e seleção das formas de avaliação da aprendizagem.
Na fase de execução, aplicam-se as estratégias instrucionais na situação de ensino-aprendizagem e, na fase de avaliação, verifica-se o atingimento ou o não-atingimento dos objetivos, de sorte a reelaborar o planejamento, caso isto seja necessário.
O planejamento da instrução é tarefa obrigatória do professor, que oferece maior segurança para o atingimento dos objetivos e verificação da qualidade e quantidade do ensino que está sendo orientado.
Aluno é o componente básico do processo de instrução, pois é ele quem aprende. Ao professor cabe a função de planejar o ensino, propiciando condições para que a aprendizagem se realize.
A aprendizagem é o resultado do processo da instrução e consiste em uma mudança no comportamento do aluno em face do processo de instrução.
Instrução, por sua vez, é um conjunto de eventos planejados para iniciar, ativar e manter a aprendizagem.