terça-feira, 21 de junho de 2011

Eventos da Geografia no Segundo Semestre - sites

Olá pessoal, segue alguns sites com eventos e chamadas para publicações de trabalhos na área do Geografia e do Ensino. Vamos organizar nossos artigos e publicar nossos trabalhos. A Geografia de Frutal deve ganhar novos horizontes...
Profa. Bethânia
[Em breve mais informações sobre tais eventos.... mas vocês podem acompanhar tb pelo site dos mesmos.
Estou providenciando o Facebook da Geo UEMG, Ok?!!! Bjin´s  Bê]

VII ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE GEOGRAFIA: FALA PROFESSOR
- UFJF - http://www.agb.org.br/index.php?secao=&ver=&id=&pagina=

XII Semana de Geografia da UNESP de Presidente Prudente/SP - http://www4.fct.unesp.br/semanas/geografia/index.html

II Semana de Geografia da UFTM - ainda um chamada no Facebook (http://www.facebook.com/connect/uiserver.php?app_id=122948351084648&next=http%3A%2F%2Fapps.facebook.com%2Fuyqxdwhonlsa%2F&display=page&cancel_url=http%3A%2F%2Fapps.facebook.com%2Fuyqxdwhonlsa%2F&locale=pt_PT&perms=email%2Cpublish_stream%2Cread_stream%2Cuser_photo_video_tags%2Cfriends_photo_video_tags%2Cuser_photos%2Cfriends_photos&return_session=1&session_version=3&fbconnect=0&canvas=1&legacy_return=1&method=permissions.request#!/event.php?eid=175390465813968)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Educação - Novas tecnologias.... seminário - Didática em Geografia

O Ensino de Geografia e as Novas Tecnologias: Ferramentas Didáticas e sua Contribuição na Relação Aluno-Professor (Sávio Miná de Lucena*) - publicado em 08/05/2010

Resumo

As principais questões que levaram ao desenvolvimento desta pesquisa relacionam-se a como a escola insere-se no atualmente chamado mundo globalizado. Baseado nesse prisma foi analisado o modo de ensino das instituições públicas de Fortaleza, mais especificamente a inserção das mesmas aos novos instrumentos técnicos em especial o microcomputador, que auxiliem a colocar em prática uma abordagem diferenciada do aprendizado.

Palavras-chave: educação, tecnologia, geografia.


Ante as necessidades educativas presente, considera-se a escola como um ambiente de mediação cultural onde promove-se o desenvolvimento afetivo e moral dos indivíduos através, essencialmente, da produção de significados por meio do trabalho de professores que provêm aos alunos meios de aquisição de conceitos e conhecimentos científicos intrínsecos à cultura escolar, além de estimular um crescente desenvolvimento das capacidades operativas e cognitivas, por serem elementos interligados à aprendizagem escolar. Em suma, os jovens encontram na escola um local para se aprender cultura e as diversificadas formas de compreender e transformar o mundo. Entretanto, para se concretizar tais objetivos torna-se necessário estimular a capacidade de raciocínio, julgamento e criticidade do indivíduo em questão com o intuito de se desenvolver as competências do pensar.
Supomos que, neste momento venha a ocorrer a dicotomia entre teoria e prática ao que cerne aos pressupostos de aprendizagem escolar, tendo em vista a dificuldade de conseguir atender/suprir as necessidades de uma geração de jovens contemporâneos a uma constante absorção de informações através das metodologias, por vezes ultrapassadas e arcaicas, utilizadas pelos docentes. Neste quadro cabe o questionamento de como escola insere-se no atualmente chamado “mundo globalizado” em que se encontra nossa sociedade, tendo em vista a formação do cidadão com um dos principais pressupostos a serem realizados no ambiente escolar?
Em uma época em que a informação ganha ares de maior importância, como sinônimo de distinção social, tal pressuposto supracitado acaba perdendo sua relevância, instaurando dessa forma uma crise na forma de ensino atualmente utilizada. A termos de analogia isso se explica pelo fato de o processo de formação do aluno como cidadão ciente de suas responsabilidades e direitos na sociedade requerer um “tempo de reflexão” (CARLOS, 2001), totalmente contrário ao veloz ritmo da informação que transforma rapidamente o novo em obsoleto. Essa seria a principal dificuldade a ser encarada pela escola inserida em uma sociedade que confunde formação com excesso de informação.
Além disso, as recentes discussões realizadas em todo o país, por professores de Geografia, vislumbraram uma urgente necessidade de apresentar e discutir os conhecimentos desta disciplina de forma mais dinâmica, mais interessante e também mais consciente de seu papel como formadora de cidadãos. Em geral, o debate manteve-se fundamentado na linha do sócio-construtivismo, isto é, tendo como norteador o pressuposto de que o professor deve promover a construção do conhecimento e da cultura considerando o que o aluno já traz para a sala de aula como primordial na mediação do conhecimento.
Indo de encontro aos pressupostos dos Temas Transversais (Ciências Naturais) dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que indicam de forma evidente a necessidade do aprendizado de novas tecnologias, quando enfatiza que, conviver com produtos científicos e tecnológicos é hoje universal, e que a falta de informação científico e tecnológica pode comprometer a própria cidadania, haja vista ciência e tecnologia serem herança cultural, conhecimento e recriação da natureza (MEC, 1998b).
Baseado nesse prisma em que se encontra a escola como locus de mediação da educação, objetivamos analisar o modo de ensino das instituições públicas de Fortaleza, mais especificamente na inserção das mesmas aos novos instrumentos técnicos; em especial o microcomputador e a utilização de mapas, que auxiliem a colocar em prática uma abordagem diferenciada do aprendizado, em que o educando é o centro da aprendizagem, em que a autonomia da mesma seja continuamente estimulada e que vise a desenvolver habilidades cognitivas associadas às diferentes áreas do conhecimento; e suas diferentes formas de uso no ensino de Geografia, escolhendo para tal fim um estudo aprofundado da EEFM Renato Braga.
O ensino está vinculado com a atividade de ensinar. Até aqui não existe nenhuma novidade para ninguém. Porém o que pouca gente sabe sobre tal atividade é que atualmente a mesma está estereotipada como uma mera transmissão de conhecimentos retirados de um livro aos alunos. Memorização de fórmulas que, em geral, pouco tem utilidade para a vida prática do discente e a realização de exercícios também se inserem nesse estereótipo.
Esse é o ensino em sua forma tradicional, cujas características, além das supracitadas, vinculam-se a exagerada importância dada ao livro didático, haja vista não serem usados de forma adequada, e a participação do professor como elemento ativo em sala de aula, cabendo aos alunos receber passivamente o “conhecimento” transmitido pelo mesmo. Conhecemos as principais características do ensino tradicional nas palavras de Libanêo: “A atividade de ensinar é vista, comumente, como transmissão de matérias aos alunos, realização de exercícios repetitivos, memorização de definições e fórmulas.” (LIBÂNEO, 1990, p.78).
Além disso, acredito que a educação nos moldes tradicionais mostra-se, atualmente, insuficiente para o tipo de cidadão que demanda o mundo globalizado, excluindo os que normalmente atuam de forma autômota e repetitiva e privilegiando os indivíduos de caráter ambicioso e multifuncional.
O exercício da docência deveria se abster ao pressuposto de realizar atividades educativas onde ocorre uma mescla de objetivos, conteúdos, métodos e formas de se organizar o ensino com o objetivo de se obter uma assimilação ativa por parte dos educandos (LIBÂNEO, 1990). Para tanto uma relação intrínseca entre aluno – professor deve ocorrer.
O texto dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) funcionou como uma das fontes de inspiração para a proposição de um trabalho que pudesse contribuir para o ensino de Geografia através das novas tecnologias associadas dentro do programa de tal disciplina nas escolas. Torna-se necessário exemplificar tal idéia com algumas passagens dos PCNs: “(...) o ensino de geografia pode levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a realidade, possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e propositiva” (MEC, 1999. p. 108).
Cabe à Geografia, bem como a outras áreas do conhecimento, a tarefa de facilitar e orientar o aluno no processo das descobertas e na aprendizagem do desenvolvimento da sociedade e das relações com o espaço físico para que, como cidadãos possam contribuir na organização de uma sociedade mais consciente. Fica claro o papel da Geografia como uma disciplina que permeia e acompanha as transformações da sociedade, seja do ponto de vista físico, social, cultural ou político.
Para apreender e explicar a realidade, sua complexidade e dinamismo, as pesquisas realizadas no campo da Geografia, com seus métodos e teorias, contam com instrumentos do meio técnico e científico, portanto, tal cátedra, que ainda é por muitos considerada uma disciplina enfadonha, tinha neste momento a obrigação de mudar tal estereótipo criado através da inclusão de novas tecnologias, sistematizadas de forma crítica, criativa e buscando uma interação com o intuito de confrontar os diversos saberes.
Como uma das primeiras conclusões deste estudo, destacamos ser o Computador e a Internet duas dimensões distintas, que podem ser utilizadas no processo ensino-aprendizagem tanto unidas como separadas. Porém, no ambiente escolar, elas são freqüentemente associadas como algo uno, e deslocadas de uma lógica mercadológica mais ampla. Originando uma verdadeira confusão conceitual a respeito da Ciência, Tecnologia, Informação e Conhecimento.
Identificamos assim duas utilizações do microcomputador na Escola Renato Braga: a dimensão técnica (evidenciada na habilidade desenvolvida para a navegação nos softwares no caso dos jogos, na produção de textos e nas técnicas de navegação pelas páginas virtuais da Internet), e uma dimensão informacional subutilizada, que seria neste caso as pesquisas realizadas nos endereços virtuais.
Acreditamos ser a dimensão informacional subutilizada pelo fato das pesquisas se restringirem à elaboração de trabalhos para nota. Sendo freqüente a prática de colagem de informações retiradas diretamente da Internet, o conhecido problema do Ctrl + c (copiar) e Ctrl + v (colar), sem nenhuma intervenção crítica do educando, tornando-se uma prática alienante, que não auxilia de forma alguma no processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
È a falsa sensação de que um mundo de novas descobertas está ao acesso de todos, basta que para isso dominemos o uso do microcomputador. Na verdade a prática de pesquisar na Internet precisa ser avaliada com muito cuidado por aqueles que promovem o planejamento do ensino nas escolas (professores e gestores).
Em nenhum momento foram constatados relatos de aulas em que se priorizasse reflexão a respeito do que estava posto ali, no endereço virtual. Nem foram constatadas aulas sem as amarras avaliativas tradicionais (elaboração de trabalhos valendo nota).
Queremos externar com isso que é possível sim uma constante utilização do computador nas aulas de Geografia, mas com um caráter realmente de aula, onde haja espaço para o diálogo, o questionamento e a troca de conhecimentos com o outro.
Acreditamos que o uso do microcomputador possa suprir a carência dos trabalhos de campo em Geografia nas escolas. O acesso a Internet permite aos alunos um contato pelo menos visual, de um sem número de paisagens naturais e humanizadas espalhadas pelos diversos lugares do planeta. Permitindo ao educando uma reflexão/leitura das fotografias das paisagens, imagens de satélite, representações cartográficas, etc, sobretudo facilitando o ensino da Geografia Física.
Este contato virtual com diferentes lugares é de grande valia, visto a maioria dos alunos carentes terem poucas oportunidades de contato real com outros lugares fora da sua realidade.

Referência Bibliográfica
BETTENCOURT, T. (1997). A Internet como Motor da Construção de Novos Saberes. Atas do Encontro Comunicação, Novas Tecnologias e Aprendizagem (no prelo) Bragança: Escola Superior de Educação de Bragança, 22 a 23 de Maio.
CORRÊA, Roberto Lobato, 1995, Espaço: Um conceito-chave da Geografia. In: Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil pp. 15-47.
LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O.U. de 23 de dezembro de 1996.
LIBANÊO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1990
MEC. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Geografia (5° a 8° série), SEF, Brasília, 1998a, 156 p.
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* Graduado em Geografia – Universidade Federal do Ceará

Como ser citado:

LUCENA, S. M. de. O Ensino de Geografia e as Novas Tecnologias: Ferramentas Didáticas e sua Contribuição na Relação Aluno-Professor. Partes. 2010. P@rtes.V.00 p.eletrônica. Maio 2010. Disponível em . Acesso em 02/06/2011 às 16:49.

Atenção!!! Aos alunos do 3º periódo esse é um exemplo de artigo para ser apresentado ao final da disciplina de Didática em Geografia. Com discussão teórica e fundamentação em torno de uma temática desenvolvida.